Camélia

Porque sou eu a Cortesã

De seus sonhos

E ela a mulher de seus dias?

Meus olhos lôbregos acordam

Para focar o nada...

A cama rodeada por livros,

Círculo de sabedoria e paixão,

Antro de perfume e saudade

Amanhece fria, solene.

Meus dias padecem a escrever

Somente. A claridade é o revés...

É como a solidão que me consome.

Ao claro, sua apatia

Me assusta...

E trôpega de sentimentos vissicitosos, derramo lágrimas

Em meus escritos não somente inspirados por ti.

Mas pela amargura trazida em minha boca a cada manhã que acordo

Sem teu corpo quente ao lado meu.

Tento sufragar meus sentimentos.

Torná-los líquidos em poesia.

Mas quando a noite cai

E tua voz a recitar me aquece

O peito, e tuas mãos me

Esquentam o corpo

Me pego a sorrir...

E deixo-me naufragar em

Mil e uma noites de Amor.

Arya
Enviado por Arya em 02/08/2010
Reeditado em 03/09/2010
Código do texto: T2414875
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