Verbo Emaranhado
Sou um homem tolo e cretino
Sempre vou a você escancarado,
Falando em verbo emaranhado.
Pensando ser este meu destino.
Ter sempre o coração rasgado,
Por sua língua de fio envenenado
Diz-me agora, oh grande contradição.
Que faço eu com este vil desejo,
Quimérico, pois a Ele não há ensejo.
Realizando-se apenas em minha solidão.
Mesmo sendo ilusão Lhe vejo.
Somente na solidão - Não há desprezo.
Retira-te, ser portador do escárnio.
E leva contigo seu desprezo de tanto faz.
Distância de ti é o que quero mais.
Deixa-me livre pra ser solitário.
Para desfrutar de minha poesia em paz.
Mágoas das pilhérias? Com o tempo se desfaz.