Verbo Emaranhado

Sou um homem tolo e cretino

Sempre vou a você escancarado,

Falando em verbo emaranhado.

Pensando ser este meu destino.

Ter sempre o coração rasgado,

Por sua língua de fio envenenado

Diz-me agora, oh grande contradição.

Que faço eu com este vil desejo,

Quimérico, pois a Ele não há ensejo.

Realizando-se apenas em minha solidão.

Mesmo sendo ilusão Lhe vejo.

Somente na solidão - Não há desprezo.

Retira-te, ser portador do escárnio.

E leva contigo seu desprezo de tanto faz.

Distância de ti é o que quero mais.

Deixa-me livre pra ser solitário.

Para desfrutar de minha poesia em paz.

Mágoas das pilhérias? Com o tempo se desfaz.

Gutemberg DeMoura
Enviado por Gutemberg DeMoura em 05/08/2010
Reeditado em 06/05/2011
Código do texto: T2419168