Silêncio
Existem algumas qualidades, que incorporam algumas coisas,
Que têm uma vida dupla e que assim seja sua escolha.
Um tipo de entidade gêmea nasce tão intensa ,
A partir de matéria e luz, evidenciada na forma sólida da sombra.
Há um duplo silêncio do mar em terra,
Que bate suavemente como pedras do braço de um rio.
No corpo e na alma, encontramos um novo sentido,
Nessa vida nem tudo está perdido.
Um mora em lugares solitários, o outro na mais longínqua estrada.
Recentemento com a grama alta, e também alguns gracejos,
Mantém na memória o leito em choro,
Tirando todo o terror do seu alento: Seu nome é “Silêncio”.
Ele é a quietude: Encarnando na pele o poder do mal,
Que não há em si mesmo,
Mas se algum destino esteja traçado, (muito importuno)
Levou a conhecer a sua sombra, algo que desconheço,
Que horroriza os longínquos lugares do qual passou,
Até que todos desconheçam a si mesmo,
Se percam em um lugar intenso.
Coisa sem nome, eu grito sem medo,
Recomendo-te a Deus.
Traduzido e adaptato pelo soneto “SILENCE” de Edgar Allan Poe