"COMO POUCOS"

Como poucos,

procuro um ponto de apoio,

escrevo meus versos

no meio da ilusão,

entre o começo e o fim da realidade,

minha consciência respiro no ar

de qualquer lugar,

minha criatividade acho perdida

nos passos que já dei na vida.

como poucos,

tenho um sentimento contido,

uma intranquilidade tranquila,

tenho lágrimas guardadas,

dias bem vividos,

madrugadas esquacidas,

olhares bem direcionados,

coração sempre doado

para outro.

como poucos,

fui criança,

catei flores para serem testemunhas

de uma lágrima, um amor,

dancei com as borboletas,

ao rodear a beleza das flores,

vivi a vida em degraus,

convivi com meus medos irreais,

como poucos, vivi

todos os dias, um a um.

-é o que sinto sem que sangre

em minhas razões.