O Solitário.

São cinco para ás oito

E o relógio esta no mesmo lugar.

Os cabelos molhados de chuva

No dia cinzento que foi o hoje.

Sentado numa poltrona

Sem ter com quem falar

Os livros na estante não são mais uma compainha.

Esperando algo vir, algo chegar

Os dias rápidos passam devagar

Não há nada para fazer

Ninguém a quem amar

Querendo logo adormecer

Esperando o outro dia chegar

Se o sol aparecer talvez ajá vida.

Esta tudo tão quieto e tudo tão vazio

Um silêncio comprimindo a mente.

As rugas velhas num rosto jovem

Páginas secas, em branco, no coração

Sem sonhos anoite

Momentos de existência que deixam de existir.

São oito horas, sem ninguém, sem calor, sem sorrir.

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 27/09/2010
Código do texto: T2523269