MOMENTO ALGOZ
Deprecia-me o tempo, precipitação astuta
Enclausurada nesta ampulheta,
Aviltada sob impiedosa areia,
Grão a grão golpeando faceta,
Vertendo vermelhas lágrimas,
Numa desesperada tentativa de fuga e lástima.
A poeira alteada me sufoca,
Sem respirar, não consigo pensar ou agir.
Rendo-me a sua mercê,
Onde sou corrompida, controlada e explorada.
Perverte-me, assola e transforma,
Sem se importar com meus desejos,
Anseios, sonhos...
Apavora-me seu espectro hostil.
Este tempo sem compaixão ou coração,
Apoiando em seu cajado na mão,
Não se submete a rejeições ou combates,
É indiferente a qualquer abate.
Como efeito borboleta, se satisfaz,
Superar ou fugir sou incapaz,
Só me resta sucumbir a este algoz.
Deprecia-me o tempo, precipitação astuta
Enclausurada nesta ampulheta,
Aviltada sob impiedosa areia,
Grão a grão golpeando faceta,
Vertendo vermelhas lágrimas,
Numa desesperada tentativa de fuga e lástima.
A poeira alteada me sufoca,
Sem respirar, não consigo pensar ou agir.
Rendo-me a sua mercê,
Onde sou corrompida, controlada e explorada.
Perverte-me, assola e transforma,
Sem se importar com meus desejos,
Anseios, sonhos...
Apavora-me seu espectro hostil.
Este tempo sem compaixão ou coração,
Apoiando em seu cajado na mão,
Não se submete a rejeições ou combates,
É indiferente a qualquer abate.
Como efeito borboleta, se satisfaz,
Superar ou fugir sou incapaz,
Só me resta sucumbir a este algoz.