SILENTE AÇOITE

Ah quando deito-me no meu leito

e meu corpo goteja transudação,

minha blusa encharcada no peito

e rolo sem cessar nesta escuridão!

A noite ecoa o seu silente açoite,

e me vem visões de tormentos

que me adejam brumas da noite

fervilhando em meus pensamentos.

Como espectros vultos malditos,

me impõe a realidade os seus pesos

que vão lançando seus feros gritos,

tento manter alma e corpo coesos.

E neste clima mórbido de solidão,

quando sem saída, de fato, me vejo,

ou achar que de D´us vem a solução,

é loucura esperar da fé um lampejo?

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 07/01/2011
Reeditado em 09/01/2011
Código do texto: T2715629
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