PAI
Numa noite triste; (14.12.84)
Chovia em São Paulo;
Bateram ao portão;
Trouxeram a notícia;
Que tinha sido um assalto;
Levaram a vida;
Do meu pai, o varão;
Apenas um suspiro;
E acabou tudo;
Passaram os anos;
E hoje, não tenho o direito;
De mostrar pro meu pai;
O meu casamento;
A minha casa;
O meu sentimento;
A sua netinha;
Pois falta a presença;
Daquele italiano;
Cantando aos domingos;
Com todo o encanto;
A me chamar de Regina;
A pedir uma Pizza;
Que saudade que dá;
Ladrão bandido;
Não tinha o direito;
de deixar no meu peito;
Apenas o lembrar !!!!
Te amo Pai...... (Mário Femia)