Quente

Calor das monções,

das últimas sessões,

dos último serões

e dos eternos senões.

Nada brota da caneta,

como se vazia paleta

de inútil madrugada

pintasse a terra ressecada.

Não há verso nascido,

só um tiro e o estampido

da morte sem alarido.

Calíope está muda,

distante como o colibri

que às vezes pousava aqui.