___NA CALADA DA NOITE__

Na calada da noite

Horas frias

Paredes mudas

Olhos famintos

A voz embarga na garganta

O corpo clama por companhia

Silêncio absoluto e assustador

Que só é interrompido

Pelo tic-tac do relógio de parede da sala

A batida parece um canto triste

Que adentra a noite

E soa como um açoite

A madrugada chega e engole a noite

A lua vai embora

E o barulho do silêncio continua

Sufocando almas

Engolindo gemidos

Amanhece...

As cortinas balançam

E deixam os primeiros raios de sol

Invadirem o quarto sombrio

Na cama o corpo cansado

Vencido pela exaustão

Se entrega...

Sufocando mais uma noite de solidão

Insônia...

Neusa Staut

21.03.2011

Neusa Staut
Enviado por Neusa Staut em 21/03/2011
Reeditado em 21/03/2011
Código do texto: T2861641
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