DESCE A NOITE...

Desce a noite e falta tu me fazes

E nas lembranças deste ebúrneo rosto

No leito de amor que conduzia as pazes,

No frio ou calor que exalam o gosto.

O vazio morbo assola o meu ser,

Copioso pranto sangra vultuoso coração,

Os meus olhos só querem te ver,

Morrem os meus dias sempre na escuridão.

Pois éramos um só corpo e alma,

Dormiamos atados, braços e cabeças,

A madrugada de infinda calma

Embalava-nos no sono em noites espessas.

Agora, de repente, tu me evades,

Foges da minha presença a cada dia,

Vejo, então, duas extremidades:

Vejo o tudo ou nada em primazia.

Sinto amarga a minha existência

Vejo áugures de tantos contratempos

E o amor por sua excelência

Jaz agora em meio aos desalentos.

Pela manhã a languidez me toma,

A tua falta me suga a energia vital,

Quero levantar, mas meu corpo tomba

De volta ao leito de cunh`ibernal.

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 09/04/2011
Reeditado em 09/04/2011
Código do texto: T2898565
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