Solidão
Meus olhos percorrem as ruas,
mas nada vêem.
Nada além dos muros escuros,
negros da noite.
O silêncio zomba nos meus ouvidos,
zunindo o som do nada.
E no vazio das ruas me calo.
Essa dor esquisita me espanta.
Só, no meio das horas.
Onde estão as vozes?
E os seus donos?
O tempo parou...
Tudo mudo...
Ai a dor!