Asas e fervor

Quase enlouqueço a me ver,

Atada querendo voar,

Com um gélido mover,

Em torno do cetro.

Desvencilhando-me da real,

Penso aturdida por que ,

Tenho medo da solidão?

Só por ter-me cortada as asas,

E demoliram minha razão.

Eu que amava sem medo,

Pois a mim mesmo amava.

Quando meu ninho era desfeito,

Lutava e outro encontrava,

Pois para isso eu tinha asas,

Para bater e voar.

Forças para construir,

Quantos mim desmanchassem.,

No lugar deste frio,

Que não aceita um manto,

Tinha forças que ardia e à outros inspirava,

Todos diziam: que belo;

Hoje neste lugar está um grande gélido.

graça Noronha
Enviado por graça Noronha em 28/05/2011
Código do texto: T2999506
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