SINAS*

Voltei para o meu canto,

dobrei as pernas e as pontas

dos versos.

Meditei sob ipês que florescem

maduros, exaustos...

e não se cansam!

Há uma certa castidade nos olhos,

talvez pureza, talvez a noiva do tempo.

Confusão abstrata, mosaico de tantos

ponteiros, rápidas paragens, indigestas...

Voltei para a garrafa que me levou momento,

não há volta que permita poemas antigos.

Há uma certa ambiência que me faz pensar,

que melhor seria morrer bem jovem...

Os cabelos ao vento e as estrelas brilhando

em meu rosto miudo.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 07/06/2011
Código do texto: T3019160
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