EMBRIAGUEZ DA NOITE

Ó linda flor da erma terra e árida

Cujo fulgor das estrelas tocam

A alma noturna da noite cálida,

Até parece uma madrugada sádica

Quando recai as lágrimas que jorram.

Mas tu que senta à porta a toa,

Não obra, nem chora um pranto,

Nem jorra dela o choro que magoa;

Esquece do atributo de pessoa,

No imo do seio, o seu encanto.

Na noite tomba em sua embriaguez

Balbuciando o nome dela em sonho,

Este amor já se torna em escassez

Que é ermo de carinhos, por sua vez,

Que pisa indiferente alguém tristonho.

E toda vez lhe nasce paixão cruenta

O amargo dos seus tíbios beijos

Ficar sem eles a alma não aguenta

Embora seja assim tão desatenta

O pobre peito invade os seus desejos.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 21/07/2011
Reeditado em 21/07/2011
Código do texto: T3109345
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