PARASITAS FUNESTOS

Dentro de um peito escaldado

A dor de um amor sem destino

Que carpe ao som dum sino,

Na voz da brisa cantante,

A espera d´outro ardor fadado

Retorna o amor à solidão,

Sempre sofrendo a desilusão

Duma alma inconstante.

Sonho contigo inda poder deitar,

No leito posto ao chão acolhedor

Enconchados, felizes de amor,

Sem receio dormindo profundo,

Mas a dura dor de ter que acordar

Não ver-te mais, um acre fim,

Inda a paixão arde em mim,

Inda estou perdido no mundo.

É que tu largaste a minha mão

Na noite dos parasitas funestos,

Levaram-me a falsos sonhos molestos,

E eu só queria estar ao teu lado,

Não sozinho, não em solidão,

Não no leito que me abraça vazio,

Nem num pensamento sombrio,

Nem ver o amanhecer acordado.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 26/07/2011
Código do texto: T3120214
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