É SEMPRE ASSIM




A cada passo esta vida
Caminha na contramão,
Deixando-me mais convencida
De pisar firme no chão;
Sempre mais desiludida,
Mas próximo da solidão.
Tendo as mãos sempre vazias,
Angústia no coração.
E quando a alma se agita
O corpo nunca descansa
Em silêncio às vezes grita,
Soluça sem esperança
Não dorme se mortifica
E amanhece cansado,
Só pedindo pra dormir.
E quando o dia amanhece
A dor de estar acordado
Também assim permanece
Como agora, é sempre assim.


Brasília, 20/08/2011