A solidão

Quando vier me agarrar a solidão

Não direi mais não a essa miserável

Também não direi que sim.

Direi sim aos meus versos

Seiva da alma

Expelida pelos braços dela

Direi sim á minha prosa

Carregada de ansiedade,

Mundo onde sou mais que rei

Direi sim à fertilidade

Desse morno momento

E direi sim ao choro

Que a tempos precisava

Ser derramado.

Assim, quando o banho gelado

Da solidão se cansar de mim

E se for,

Ele tem que banhar

Já terá crescido e dado frutos

Em uma árvore frondosa.

Emerson Cruz