Dias inertes e noites turvas desfalecidas
O suspiro corrói o corpo suado e exaurido
Pelo silêncio mórbido que me enclausura
Devaneios de angustia da ausência tua
Habitam-me e sugam as frágeis energias
Rasgo em fúria minhas vestes pútridas
Rasga-se a Alma em lamentos e ais profundos
Desnuda, enlouqueço e por ti, alucinada clamo
Meu Deus o porquê me reservas tanta desdita?
Portas que rangem na tempestade da noite
Ruídos guturais me rondam e assustam
Na lucidez, vejo a loucura que toma posse
O cérebro já não coordena pensamentos
Uma explosão de insanidade cobre a realidade
Um tilintar aterrador de chaves prenuncia
Uma porta que se abre diante da neblina
Desvendando o vácuo do desamor na escuridão.

verita
Enviado por verita em 09/10/2011
Código do texto: T3266961
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