Solidão abstrata

A solidão do céu azul

se sombrea pelas nuvens

que vem e vão

de norte ao sul.

Um olhar de espanto e dor

contornam o arco-íris

que de faixa em faixa

se descobre uma cor

chamativa e luziada

pelo sol que brilha

fitando os olhos negros

que só se desfarçam

se acomodam nas nuvens

desenhadas pelo vento

que pesado e compactante

se depara com a noite

e se esconde atrás da lua

linda dama

quieta e nua

se abre em palavras abstratas

sinais de vertigens

sobre areia molhada

onde a sereia de deita

depois das nervosas ondas

que no caminho se transformaram

em brumas na bera da praia

que de dia se tem a noite

e de noite se tem o dia

do sol que arde e queima

e da lua que que não faz desfeita

o belo momento de dois seres

que se faz assim

tantos quereres.

Letícia Dantas
Enviado por Letícia Dantas em 08/11/2011
Reeditado em 12/11/2011
Código do texto: T3324423
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