Fúria que não abala

no instante do segundo, o tempo

que olho como vejo o vento

mas não o vejo, o sinto em mim

o que é isto que me acaricia

o relógio passa, nos segundos

eu olho o relógio como quem faz uma pergunta

como quem não espera uma resposta

e que apenas o tempo passe

não, não vejo nada além de instante que não tenho

aquilo que espero por não saber buscar

por desaprendido a caminhar

pois nada da vida retenho

não estou andando agora

espero a vida como quem dorme esperando sonhar

minha vida é um instante de fúria contida na minha mente

e todo um mar de apaziguamento no real

não há tempestade tão furiosa

como a mente de alguém que não se expressa na vida

que é apenas um produtor e consumidor

a fúria de saber que esta aqui e não ter certeza

viver é ser o que querem e isso não ser nada!

maicon fran
Enviado por maicon fran em 13/11/2011
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