Fúria que não abala
no instante do segundo, o tempo
que olho como vejo o vento
mas não o vejo, o sinto em mim
o que é isto que me acaricia
o relógio passa, nos segundos
eu olho o relógio como quem faz uma pergunta
como quem não espera uma resposta
e que apenas o tempo passe
não, não vejo nada além de instante que não tenho
aquilo que espero por não saber buscar
por desaprendido a caminhar
pois nada da vida retenho
não estou andando agora
espero a vida como quem dorme esperando sonhar
minha vida é um instante de fúria contida na minha mente
e todo um mar de apaziguamento no real
não há tempestade tão furiosa
como a mente de alguém que não se expressa na vida
que é apenas um produtor e consumidor
a fúria de saber que esta aqui e não ter certeza
viver é ser o que querem e isso não ser nada!