FIM...

Aproxima-se o abismo da solidão

E nada é como sempre pareceu ser

No desfiladeiro do verdadeiro amor

Estamos sempre a um passo da queda

Mas insistimos em não querer saltar

Preso a esperanças agora já vãs

Acorrentados aos nossos íntimos desejos

Lutando contra todas as impossibilidades

Ferindo-se ainda mais por não aprender a ser só

E redescobrindo as feridas feitas pela entrega total

Que fazer quando vemos ruir tudo o que nos acalentava

Desfazer-se em nada um mundo de desejos e vontades

Ah... O amor sabe ser cruel quando instigado ao fim

E no vácuo de tua inexistência o que soçobra é a dor

O lamento solitário de noites e noites insones

O delírio que querer reviver o que jaz em ti há tempos

Como se tua presença consegue essa onipresença

Se o que mais desejo no momento era não ter desejo

Como se faz para sanar a indiferença predatória

Mas tudo tem seu preço em teu exato momento

E espero não ser imortal essa metamorfose em mim

Que transforma essa dor em gotículas de sonhos

O sonhar em acordar e descobrir ser apenas um pesadelo

Ou dar-se conta que não há mais razão para a entrega total

Pois morre o amor em meio a modernas e supérfluas relações

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 14/11/2011
Reeditado em 14/11/2011
Código do texto: T3335763
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