Quando cerro meus olhos na noite
E sinto-me só em meio a tantos
Sei que o fantasma da solidão
Faz-me companhia e lembra
De forma insensata e incessante
Erros, perdas, a agonizante vida
Entre as horas que somam o tempo

Convivo com sonhos desfeitos,
Uma realidade cruel e sem cor
Reticências, vírgula, ponto final
É voltar-se ao interior, ao caos
É sentir-se livre, sem liberdade ter
É o silenciar envolvido por dor
Dilacerando a carne que sangra

E observar entre as brumas da vida
Os ciclos iniciarem e concluirem
A esperança e lembrança fenecerem
Como rastro um vazio imenso
Ocupado pelo esquecimento
Onde a alma presa chora
Em prantos, seu desalento. 

verita
Enviado por verita em 10/12/2011
Código do texto: T3381046
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