FRIO, DISTANTE, IRREAL!
(O AMOR VIRTUAL)



E eu...

Como louco vagabundo
tateando no escuro
busco teu corpo
debaixo do cobertor.
O calor de tuas mãos
o gosto de tua boca
no auge deste torpor.
 
Como andarilho sedento
Eu bebo de teu suor
gota a gota
e me alimento
de teu desejo
de teu calor...
 
Como fera no cio,
aqueço meu corpo frio
e me perco em tua ardência...
 
Desligo este monitor
frio, distante, virtual...
Vou partir para um amor
que não me peça clemência
mas que me seja real!

 

(Milla Pereira)
 
 

 
Para nana okida e seu
espetacular poema
“Na tela inerte”
Beijos, querida Nana.