Minha solidão é construída no imo de teu silêncio

Nos teus faiscantes mistérios em si adormecidos

Onde me perco em minhas susceptibilidades

No opúsculo onde se esconde minha saudade

Que me deixa cônscio de minha insignificância

Envolvido pela inércia que me aprisiona

No turbamento desta minha ascendente monofobia

Aspergida dessa presença em meu ser tatuada

Na exegese de tuas intempestivas entrelinhas

Acaricio o evanescente fantasma de mim mesmo

Assim tocando a fonte presípua de tuas dimensões

Para desvendar a salacidade de meus imbecis erros

E penetrar o princípio de tua impenetrabilidade

Tentando desvendar o momento do descenso

Criador do abismo a separar-me de meu sonho

Pois és clarabóia a iluminar minha existência

Sem a qual se torna monocromático meus dias

Jogando-me no limbo de tua itinerante ausência

Onde forjei tudo o que venha ser meu futuro

Sem atentar para essas obnóxias vontades

E o clamor retumbante de meu apaixonado coração

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 10/01/2012
Código do texto: T3432294
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