Noites de Angústias...
Sinto minha visão obscurecer
As letras embaralhando-se
Como cartas de um baralho
Umas sobre as outras aleatoriamente
Insistentemente tento reconhece-las
Como num toque de magia
Almejo escrever uma poesia
Mas as palavras fogem da mente
DESISTO...
Apago a luz do quarto
Permaneço no escuro
Com os olhos entreabertos
Lágrimas rolam suavemente
Busco em minha memória
Guardados em “meus arquivos”
Páginas de um livro com cenas
E lembranças de minha história
Que aos poucos vão se apagando
Dando lugar a um enorme vazio
A FUGA...
O vazio da mente
Já um pouco demente
Com a ociosidade do pensamento
Sombras de personagens
Perambulam incógnitas
Sem nomes sem identidades
Perdidos no tempo do esquecimento
Minhas pálpebras fecharam-se
Dando um descanso para as pupilas
Isoladamente adormeço
Em sono profundo
Desligando-me do mundo