A Jornada
Caminhava sozinho e avistava a passarada...
Pedras, árvores, flores e inexpressivos raios de sol
Passava entre os passantes e a estrada
Caminhando foi da aurora até o novo arrebol
Peregrinava desamparado em busca do amor
E por isso quanto mais vagava menos se cansava
Esse era um trajeto que lhe mantinha o vigor
Caminhou solitário entre os imensos vales
E mesmo ali ele via as pessoas descuidadas
Enfrentou acolá inúmeros e pretensos males
E o maior foi viver entre pessoas desencontradas
Hoje ainda marcha, mas com certa restrição
Prefere ainda notar as luzes e aromas em seu caminho
A estar encarcerado no enganoso mundo da devassidão
Atravessou continentes atrás de uma paixão...
E mal sabia ele que esse sentimento intenso
Era o que movia o seu bucólico coração.