A Jornada

Caminhava sozinho e avistava a passarada...

Pedras, árvores, flores e inexpressivos raios de sol

Passava entre os passantes e a estrada

Caminhando foi da aurora até o novo arrebol

Peregrinava desamparado em busca do amor

E por isso quanto mais vagava menos se cansava

Esse era um trajeto que lhe mantinha o vigor

Caminhou solitário entre os imensos vales

E mesmo ali ele via as pessoas descuidadas

Enfrentou acolá inúmeros e pretensos males

E o maior foi viver entre pessoas desencontradas

Hoje ainda marcha, mas com certa restrição

Prefere ainda notar as luzes e aromas em seu caminho

A estar encarcerado no enganoso mundo da devassidão

Atravessou continentes atrás de uma paixão...

E mal sabia ele que esse sentimento intenso

Era o que movia o seu bucólico coração.

Luiz Henrique Santos
Enviado por Luiz Henrique Santos em 21/03/2012
Código do texto: T3567451
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