Vitrine de enganos
Vitrine de enganos
Na vitrine de doces
eles reluzem.
O açúcar, principal ingrediente
faz brilharem, chegam cintilar.
Suas cores se avivam,
Para em brilhantes a escorrer.
Amarelados,
esverdeados,
avermelhados,
azulados,
e, até,
da cor de terra úmida.
Na vitrine,
uma abelha flutua na busca do néctar.
Do lado de cá,
salivo as delicias de seus sabores.
Escolho um.
O verde, tão verde e reluzente quanto um desejo,
e a mim, me recolho,
na taça de plástico, descartável.
Com a colher do mesmo material
sorvo a primeira bocada.
Mamão, era doce de mamão, mamão,
embora doce, um doce amargo ...
Amargo...
Tão amargo quanto foram as minhas escolhas.
Carlos Gritti
02.05.2 011