SEGUINDO O CAMINHO
Ysolda Cabral

 
 
 
Num momento de pura descrença,
Duvido até da minha existência.
Olho para mim com indiferença,
Atropelada pela falta de vivência.
 
Mesmo assim sigo pra lugar nenhum.
No coração a certeza, em baticum,
De que não sou urtiga, nem espinho
D’alguma flor a espreita no caminho.
 
E vou... Vou por íngremes caminhos,
Sem  sorriso de alegria, de carinho...
Ao ritmo das canções que trago
De momentos bons e amargos.
 
E quanto ao desejo que ficou,
Rezo o ''Creio em Deus-Pai'' com fervor.
Assim, me sinto absolvida do pecado.
Levanto a cabeça, estufo o peito e vou.

É assim que também sou.