"Temporada de buscas..."

A temporada de buscas me espera

me apanha, me envolve

e conforme o sol se põe

me vejo escuro

me vejo profundo,

envolto em mistérios,

um vão sem fim

mas diferente do céu que vejo

além das grades da janela

não tenho estrelas,

não vejo luz,

não há astros em mim

e o que antes era sol

o enigma escureceu,

a duvida ofuscou a claridade,

a base do que era certo

estremeceu

é um tempo de muitas incertezas,

muitas buscas,

mas poucas horas

as perguntas se perguntam

e tal como o de sempre

nunca se entendem,

não há consensos,

apenas o cheiro dos incensos

cheiro de reflexão

testa-se a crença,

criticam-se os sentimentos,

cogita-se a paixão

o mel da certeza se vai

afinal, é madrugada

adeus às certezas!

A noite dá inicio

a nova "temporada do dia"

que de nova não há nada,

o dilema é velho,

as armas ineficazes,

as buscas em vão,

o alvo sou eu.

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AyA
Enviado por AyA em 25/01/2013
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