DEVANEIOS
Sentir-se vagando nos céus
Transpondo as barreiras do infinito
E se comparar às estrelas...
Ser o imenso vazio na plenitude total
Ter brilho e não ser luz
Ser imensamente grande
Num todo tão pequenino
E estando lá, é como se estivesse aqui
Pisando sobre o vazio...
Pairando na insegurança de ser
Ser o tudo e o nada...
Complemento de uma beleza que existe
Ou apenas existir
Se perdendo no íntimo da lucides
É cavalgar nos sonhos, cair em devaneios
Não saber chorar
Quando lágrimas descem tão frágeis
Pensando talvez que não são sentidas
Mas sentir, sem se fazer notar
Não sabendo amar
Quando se ama tanto
Que a retina seria incapaz de entender
Que meus olhos apenas precisam
Da luz que vem do teu olhar.