BALADA BOEMIA
Então vem medonho sono
Que me roubas dos doces
Os deleites da madrugada
Por que tão cedo dono
Dos pesares a acalentada
Vestes de anjo destroces,
Tu que invejas a sonhada
Noite desfiguras e torces
Os deleites de puro abandono,
Salve-me olhos torpes
Abutres mal nascidos
De sonhos carcomidos,
Deixe estar os fortes
Desejos meus juvenis
Tão quietos e servis.
Longíncuas mortes
Infanticida de má sorte
Escudeiro e meretriz!