BALADA BOEMIA

Então vem medonho sono

Que me roubas dos doces

Os deleites da madrugada

Por que tão cedo dono

Dos pesares a acalentada

Vestes de anjo destroces,

Tu que invejas a sonhada

Noite desfiguras e torces

Os deleites de puro abandono,

Salve-me olhos torpes

Abutres mal nascidos

De sonhos carcomidos,

Deixe estar os fortes

Desejos meus juvenis

Tão quietos e servis.

Longíncuas mortes

Infanticida de má sorte

Escudeiro e meretriz!

boreto
Enviado por boreto em 04/03/2013
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