PÓSTUMO

I

Não me acendam velas,

Elas não me servirão pra nada;

Sua luz não clareará o breu da sepultura.

Flores? Sim, me tragam_

Mesmo lembrando cheiro de morte,

Servirão para ornamentar o meu túmulo...

II

Não implorem nada por mim;

Não peçam nada por mim,

Já estou morto e sentenciado,

Recebi o meu salário devido_

Tive esperança, fiz o que pude...

Nunca agradei aos outros!

III

Não deixo nenhum desejo póstumo_

Apenas peço que leiam os meus poemas;

Então, todos lamentarão a condição humana:

No sono mortal estarei adormecido;

Sono que chega para todos os mortais...

“AQUI JAZ” _ Estarei sereno!

IV

Não permitam que nenhum hipócrita

Faça elogios falsos, eu mesmo não me conheci...

Que seja uma despedida simples_

A experiência de vida é muito laboriosa;

Viver é o maior desafio do homem_

Adeus... Adeus... AQUI JAZ!

V

Não acendam velas, não tenho crendices,

A penumbra do pesar já é suficiente...

Nos papéis ficam os meus sentimentos;

Ficam todas as mágoas; todas as paixões;

Todas as emoções vividas...

Adeus... Adeus... AQUI JAZ!

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 06/05/2013
Código do texto: T4277286
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