Só...

No espaço do meu universo só você...

Não sei por que age assim...

Estou sem entender esse fim

Que me levou ao medo de perder...

Medo melancólico que abrasa

A pobre alma sem defesa

Talvez não tão nobre,

Talvez nada seja.

A sua verdade apenas...

Entre as raias da ilusão

Seja eu apenas uma canção

Perdida em meio aos versos

Que da moeda é o anverso

E da página vivida, sedução.

Não entendo você...

Nem sei se entendo a mim

Com essa força que ruge

Com seu jeito loução e carmim...

Deixando meu peito arrasado

Coração fraco adensado

Na solidão de ser

Amargura de viver

Que sufoca o gemido

Peito engessado, transido

Na angústia em seu afã...

Sono falso talvez, ironia

Olhos que buscam a manhã

E se perdem na madrugada fria.

Cada gota da chuva que cai,

Leva o sorriso que se esvai,

Confundida em cada lágrima

Uma doce outra salgada

Temperando a face nua

De alguém que se faz sua

Em cada momento vivido...

Tem em seu peito o abrigo

De quem já viveu a tortura

De se perder na ternura

E se encantar com a poesia

Quando a solidão é sua guia

E tudo o mais é agrura!

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 14/05/2013
Código do texto: T4291125
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