NO REINO DA PÓS-MODERNIDADE
para Marcus Vinícius Quiroga
na net, com o planeta me conecto:
vejo a terra passar em minha tela.
tudo tão perto quando abro janelas.
navego sentado, passivo e quieto.
(e a solidão continua um espectro)
na rua, as pessoas mal se olham.
vão com seus fones enfiados na orelha:
mp3, mp4, ipod ou outro som qualquer.
nada de sorrisos, acenos, gentilezas.
(e a solidão continua a ser o que é)
no mundo, manda a deusa cibernética,
com suas promessas de felicidade.
e nós, seus servos, afogados em mares
de cds, dvds, laptops e celulares.
(e solidão é o outro nome de modernidade)