Sereia
Numa triste encosta de mar
Ela surge em meio a bruma serena.
Vem cantarolando suas lágrimas de luar
Tornado sua solidão amena.
Debruça sobre uma pedra fria
Com seus cabelos a dardejar.
Em sua pele cintila magia
E seus olhos espelham o mar.
Enquanto a solidão tateia sua face
Ela semeia seu aflito canto.
Para quem assim sonhasse
Em mergulhar no seu encanto.
Em um mergulho misterioso
Ela adentra nas ondas do mar.
Em seu nado lento e gracioso
Ela some no inefável luar.