RASTROS
Na poeira daquela estrada
rastros de uma história.
Que pelos iuvos do vento é contada,
extraídos de alguma memória.
Rastros fragmentados,
esquecidos no tempo,
rastros amarelados
pela cor do lamento.
Os pés que um dia os fizeram,
rumavam sem direção.
A poeira que hoje os revelam
sentem as batidas de algum coração.
Um coração que sangrava
gotas finas de paixão.
Um coração que não esperava
caminhar na solidão.