Ave tédio

Cuidar de tantas vidas

E não apaziguar nenhuma.

Como poderão aves aquecer-se

Sem ter no corpo plumas?

Cuidar de uma prole

Sem ter dom maternal

É banhar-se, ao meio dia,

Numa praia sem sal.

Lendo enfadonhos devaneios

De loucos sem ocupação

Vê-se, assim, das tardes a inquietação.

Ave tédio! , mas não voa

Sem penas, nem ninho,

Ave tédio: o mais feioso passarinho...

Izaías Serafim
Enviado por Izaías Serafim em 04/09/2013
Código do texto: T4466507
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.