Homem da noite

Havia um homem estranho,

Sempre gostava de passar

Nas mesmas ruas escuras.

Andava com um chapéu,

Era alto e usava uma capa.

Odiava a claridade do dia.

Todos que o viam chamava-o

De homem esquisito.

Talvez ele fosse, mas ninguém

Conhecia sua verdadeira história.

Era solitário e frio.

Andava na noite sem rumo.

Nas ruas mais escuras caminhava.

Havia uma praça que adorava,

E sentava ali todas as noites.

Seus olhos brilhavam, era belo,

Apesar de suas cicatrizes no coração

Serem tão feias e marcadas.

Mesmo sendo frio, no fundo sofria.

Não demonstrava emoções.

Seu corpo era quente,

Mas seu coração era frio.

O que o acalmava era a noite.

No fundo havia um grande ódio.

Mas porque era tão sério e solitário?

Não tinha motivos para sorrir.

Seu coração era um poço vazio,

Porém se preenchia com toda dor.

A solidão era sua companhia.

Uma parte dele se foi quando

Sua alegria evaporou há anos atrás.

E a parte que sobrou são pedaços,

Pedaços que tenta juntar toda noite.

Senhorita Sigon
Enviado por Senhorita Sigon em 28/10/2013
Código do texto: T4545591
Classificação de conteúdo: seguro