Demasia

em saudade no meu coração.

Tem saudade em demasia indo ao chão.

Vejo em cada gota uma derrota, um sorriso, uma ilusão.

Paro um pouco e penso só por um segundo

O controle foge da minha mão

Se meu vento sopra só pra ver o mundo

Não vá em demasia de mim pra não ser solidão.

Quanto amor me fiz esquecer?

Tanto que meus dedos já nem podem contar.

Prantos, breus e medos foram junto em conjunto se suicidar.

Tem futuro à frente do portão.

Tem futuro em demasia todo verão.

Esperando para ser ouvido, repelido em cada não.

Paro um pouco e penso só por um minuto

Ciclos e ausências são irmãos.

Se meu peito sente: sem ti, aqui, só luto,

Não vá absoluto do que diz seu velho sermão.

Tem verdade em cada aflição

Tem verdade em demasia na equação

Só que se você reparar

Outra vez, talvez não.

Tudo bem, a vida é só um punhado

De olhos fechados a quem nunca mais vai voltar.