Sedenta do silêncio que se faz viajor
Numa tela rasgada no ventre da vida...
Emudecida no silenciar da cor
Da paisagem que é a saudade
Que se faz presença na ausência de ti...
Em meu abraço,
Num enlace perfeito
Com anuência ditosa
Donde não mais teve...
Pois, jaz no mais gélido habitar
Num sepulcro caiado de mármore
Na lápide contida
Sem esperança e sem vida...
Onde as rosas se despetalam
E forma a poesia-tristeza
Que teu nome traduz
Formatando a solidão
Que tem força imaginária...
Contida na memória da minha pele
Refletida no espelho do meu eu...
Hoje caminho no espelho do nada
Buscando o teu sentir extraordinário...
E somente encontro na gaveta da vida
As fotografias por mim proferida
Nas ruelas do tempo vivificado...
Cada momento ditado pelo viajor
Nas cidadelas dos olhos da morte
Onde se encontra contigo o meu coração
Sem abrigo e numa prisão fria
Que é um jazigo belo e rico...
Mesmo querendo trocar tudo
Que deixaste, por ti.
Num poema rasgado na cor da paisagem
Que cópia decentemente a tua poesia.
Pra onde tu fores
Me leva contigo que eu vou...
Me serve de abrigo...
Mesmo faltando burilar as arestas
E os cantos pra ser um poema
Pois, também não caibo em mim...
De sonhar mais um sonho impossível
Que é a vontade de voar até onde
Tu estais e caminhar pelo deserto
Dos sonhos aprendizes...
Pois, me ensinaste a te querer...
Mas nunca me ensinaste a te esquecer...
Isto que sinto nas ruelas do tempo
Na palavra perdida...
E escrita por ti...
AMO VC...
Que hoje habita
Na solidão do meu silêncio.
Ray Nascimento
Enviado por Ray Nascimento em 30/12/2013
Reeditado em 30/12/2013
Código do texto: T4630466
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