Elucubrações solitárias

Uma violeta: É quase uma tentação pintá-la.

Ou seria uma necessidade?

Como artista, eu teria que saber disso.

À noite as flores murcham?

Os casais esquentam...

A neblina sobe, mas só de manhã, agora não.

Uma doçura na voz...

Seria minha avó?

Não, minha avó está morta.

Leve como um dedo sobre o teclado,

a mão desliza no piano.

Num desafogo do anoitecer, um hiato do respirar.

A vida passa ao largo,

enquanto estrelas cintilam

no corredor do céu da minha solidão...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 18/04/2014
Código do texto: T4774116
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