BALSAMISANDO A DOR...


Já não importa tanto a solidão
Acostumei-me à sua companhia.
Ouvindo sempre o meu coração
Vou transformando o sonho em poesia.

Já nem dói tanto a desilusão,
O mundo é grande e eu não vou parar.
Cantando, ao menos minha solidão,
Vou procurando o pranto acalentar.

E assim sendo, enquanto o tempo passa,
Vou transformando a tristeza em canção...
Seguindo os passos que o destino traça,
Mesmo sem graça, eu canto a solidão.

E se algum dia alguém quiser me ouvir,
E cantar comigo, será um prazer...
Iremos aonde ninguém mais quis ir,
Então, seremos bálsamo diante do sofrer.