Quebrado.

Fria era à noite em que te dei meu último adeus

A cinza do meu cigarro ficou por lá

Foi a sua última lembrança de mim

Um rasgo em meu peito e o sangue saía de minha boca

Caminhando com uma garrafa de vinho barata

Para além das ruas

Ninguém parecia andar por entre elas

Eu vaguei sozinho

O sangue ainda caindo por meus lábios

Meu último adeus

Eu segui sem rumo

A lua ainda continuava ali

E os carros estavam parados!

Eu nunca vi tamanha solidão

Todos sumiram e você também se foi

A garrafa irá ser consumida

E talvez acorde com uma ressaca

Mas humildemente espero não despertar

Espero estar longe, bastante longe de tudo.

Eu digo as lembranças para se ferrarem

Eu as queimo em minha mente

Mas nada parece adiantar!

João Bezerra Do Nascimento Neto
Enviado por João Bezerra Do Nascimento Neto em 26/06/2014
Código do texto: T4859781
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