CANETA QUERIDA

Caneta querida do meu coração

Que me acompanhas a toda hora

Da multidão da escola

Até o vazio da solidão!

Não é preciso que eu escreva ou diga

Que tu és uma boa amiga.

Caneta querida, entre meus dedos ganhas vida

E escreves os meus segredos

No meu secreto diário.

Tu és um “ser” solidário!

Caneta querida nunca foste bandida:

Tanto minha dor

Como meu amor, sei que respeitas de uma tal maneira

Que mesmo que eu não queira

Meu pranto o papel invade

E torna imperfeita a letra sem legibilidade!

Tua piedade não tem limite

E ao meu pranto permite

Tornar tua tinta desfeita!

Oh! Caneta querida

O coração dominado pela paixão

Não sei como não te deixa ofendida!

Tu tens muitas virtudes,

Pois contra mim não tens más atitudes!

Eu te engano, mas mesmo sabendo

Continuas escrevendo!

Sei que não devo,

Mas quando te pego e escrevo

Sinto uma sensação danada

De que estou acariciando a mão da minha amada!

Toco-te, imaginando ser a mão dela...

Mas o pior de tudo

É que eu trocaria tua amizade e cada vocábulo mudo

Pelos carinhos e beijos dela!

Mesmo sendo assim contra mim não te rebelas.

Eu te levarei comigo...

Para que ela veja teu sangue transformado em tinta!

Talvez até ela sinta

O amor que tenho e não digo!

Assim tu terás à tua vista

A sensação de que foste tu que me deu essa conquista!

Raimundo Alberto
Enviado por Raimundo Alberto em 25/09/2014
Código do texto: T4975184
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