Pampa

Na pampa verde de perder de vista

A casinha branca de janelas com tranca

Sozinha se levanta na paisagem fria

Ao som do fio d’água que canta na bica

No horizonte longe da pampa

O sol amarelo imponente levanta

De nascer aquece flores e plantas

E acalenta o sono de manta

O passarinho voa no céu da pampa

Pousa no ninho de galhos caídos

Da árvore de amores fugidos

Da sombra grande de dias floridos

Na pampa é sempre assim

Geada branca até onde a vista alcança

Frio de vento que corta dentro de mim

Na trilha molhada das tristes horas de andança

Meu pensamento vaga pela pampa

Quando se dá conta já é hora da janta

O pôr-do-sol leva embora a luz do dia

E traz mais uma noite sem lua, vazia.

Fábio Pirajá
Enviado por Fábio Pirajá em 04/06/2007
Reeditado em 04/06/2007
Código do texto: T513591