CENSURAS

Calcinados,

os olhares que me rodeiam,

furtivos, fugitivos,

fuzilam-me em pensamento.

Porque quando eu penso, sou vagabundo;

quando silencio, dizem-me ser um covarde;

interpretam-me com palavras vãs;

pensamentos peçonhentos.

Deixe-me morrer no meu vício;

ainda posso escrever à luz do dia;

ainda posso beber a noite;

deixe-me amar a vida que quero.

Pedro Matos

Pedro Simao Rocha Matos
Enviado por Pedro Simao Rocha Matos em 13/05/2015
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