SOU!
Sou grito na noite serena,
A saudade revelada ao luar,
Tristeza de quem tem pena,
De partir e não mais voltar.
Sou na viagem adiada,
As horas perdidas sem fim,
Barco ancorado na enseada,
Angustia, que volta p`ra mim.
Sou nas horas perdidas,
Prisioneiro da solidão,
Ensaiando muitas partidas,
Deixando no cais a desilusão.
Sou no tempo passado,
As horas que não vivi,
Relógio da vida atrasado,
Desde o momento que nasci.
Sou a centelha de vida,
Nas noites de escuridão,
Esperança quase perdida,
Nos desígnios da criação.
LuVito.