Quando Tudo em Mim forTerminar
“Quando tudo em mim for terminar”
Eu já fui sem terra e sem números,sem nomes e sem amigos.
Pensei antes ter amigos, antes porém, me enganei!
Agora vivo em busca do meu rumo,da minha história,
Da chuva de felicidades,das estrelas que se apresentaram mais
Celestes.
Eu morro a cada dia,
Diante da minha sombra,não sou mais ninguém.
Sou uma lembrança...uma semente.
Pronto já não sou mais- cresci da terra fértil e adequada
Ao meu modo, sou um com o tempo.
Dá que um dia eu me levante
Com espuma na boca
E o meu próximo comece a fugir de mim
E eu acabe acreditando
Que eu estou com raiva.
Que coisa estranha!
Apeguei-me ao meu pé de jacarandá , paro perante a árvore
E me invejo.
- Queria ter o seu resplendor!
Oh querida, que bela és tu de braços abertos!
Hoje aqui no meu quarto,
Deito-me sobre neves e sonho com o mundo,
E sonho com a minha infância,
Sim,sentado sob os galhos do cajueiro degustando
Os sabores de seus frutos.
Minha poesia:
Um novo aroma refinado,
Um novo eu – demonstrado,
Separado pelo o intervalo das moléculas e, nisso aos poucos
Vou perdendo e recobrando o ar e então começo a sentir o
Teu perfume.
Foi no amanhecer,
Daqui de São Paulo,
Que vi o arcoírisado céu,
Após a trégua dessa chuva,
Contemplando a mata fumando,
Depois de um banho de chuva,
Agora, um banho de sol,
Fundindo-se a vida e distribuindo-a
Lutando para a nossa sobrevivência.
Eu Kalell,o tradutor da felicidade,da tristeza, do amor,
Da realidade,se prontifica, a te reconstruir,neste canto.
Dar-te meu beijo terrestre,
Abraçar-te com escrúpulos da minha poesia...
Ah, teu amor é tudo,
Escrito esta que, o teu amor, busca o meu caminho,
Vindo em minha direção me conferindo o teu calor,
O teu bálsamo natural.
Não lhe dirijo palavras obscuras;
Meu amor não é obscuro,tua vida não é
Obscura,nossas vidas não são obscuras,
Porque o teu olhar é luminoso
É a estrela renascida:
É à vontade de nos amar...
É à vontade de seres minha e eu sua.
Por ti serei mártir,
Os cânticos dos pássaros serão a nossa trilha sonora.
Nossa plantação – a vinha.
Nos inebriaremos de amor.
Tu serás do sul
Saíras do céu cinzento:
Aquela solidão que arromba a nossa porta das inconstâncias
Causando infatigáveis monotonias.
Agrega-me a tua vontade
A questão que tu me faz e, dizes: - nossas vidas hão de cruzar
E envelheceremos a pampa.
II
Meu bem!
Vamos nos recolher,
O meu intimo esta dilacerado,
A minha matéria é pura,
Minha alma é profunda;
Estou apaixonado por ti!
Ah, se nós tocássemos os céus
Com os dedos das mãos!
A minha unidade seria a sua
Estrutura, a tua impassível bondade,se faria a minha
Vontade de viver.
Olha-me nos olhos,
Diga-me tudo o que há em seu coração,
Quebra o teu silêncio.
Sabe que, o teu rosto é feito da terra Santa.
Se tu não és daqui,se não és deste meu mundo
Desterrado!
És o pão que o meu estômago deseja,
A luz que afugenta as trevas ao meu redor.
Teu rosto se desenha em minha mente,
Teus lábios vão se tornando majestoso
Na minha região deturpada.
Daqui pra frente,nós seremos outro;
Um átomo procurado pelo o povo.
Nossos corações tornaram-se brasa inquieta,desde o momento
Em que nós nos conhecemos.
Foi daí que o nosso sangue se transformou:
de amargo agora ficou doce.
Definitivamente tu serás
À noite do meu mundo retumbante,
Trazendo brisas que as letras traduzirão:
E por só serei feliz pra sempre.
Pra você meu amor,deixarei os meus livros:
A minha herança mais valorosa:
Quando tudo em mim for terminar!