Quando Acendem as Luzes

Os ventos invadem meu rosto impressionado

Balbuciando palavras de despedida

De vida desprevenida

Perdida por entre sombras de guarda-roupas

Ao som de músicas tristes

Músicas tristes crescem com o sol no céu cinza

Que contempla a partida da noite

Como meus olhos contemplaram a ida de teus olhos negros

E as pedras rolam contra a parede de meu quarto

Com incorruptível sede de vazio

O vazio que arma acampamento em minha alma

E as almas longínquas choram enquanto dançam

Dançam dançam para não mais chorar

E preces são jogadas ao relento do mar

Redesenho com minhas disléxicas mãos sorrisos de constelações

Constelações pegam no sono quando acendem as luzes

Quando acendem as luzes

Quando acendem as luzes minha vista escurece

Me sucedem imagens dos jardins vizinhos e distantes...

Deixe-me esquecer todas as palavras e paladares

Para poder dormir bem.

Bruno Carrera
Enviado por Bruno Carrera em 16/07/2015
Código do texto: T5313519
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